sexta-feira, 5 de junho de 2009

33 º - O Casamento.

Sempre achei o casamento algo giro. Toda aquela cerimónia, todos aqueles preparativos, toda aquela ansiedade. O Noivo, a Noiva. Os Padrinhos e as Madrinhas. As alianças. Etc., etc., etc. Enfim, uma série de coisas completamente exageradas, para de facto apenas se querer casar e declarar marido e mulher duas pessoas. Bem, o noivo e a noiva são imprescindíveis, sem eles não há casamento. Mas vamos adiante. Há uma coisa no casamento, uma pequena coisa, que me intriga um bocado. É aquela parte em que o noivo/a respondem, respectivamente, à celebre pergunta “Aceita amar esta mulher para sempre, etc.…? “ e “Aceita amar este homem para sempre, etc.…? “. Fazia, a meu ver, aqui uma correcção da seguinte forma:

“Aceita amar esta mulher, não para sempre, mas durante o período em que se sentir apaixonado e em que o vosso amor permita que sejam felizes? “

“Aceita amar este homem, não para sempre, mas durante o período em que se sentir apaixonado e em que o vosso amor permita que sejam felizes? “

Assim, feita a pergunta desta maneira, as coisas parecem fazer mais sentido. (1) Primeiro porque encurtava-se o texto original (que mais parece um testamento) e despachava-se aquilo mais rápido. (2) Depois, porque, quando o noivo/a respondem àquela pergunta (à pergunta original) não estão, na verdade, a ser completamente sinceros. Podem amar-se quando casam. Podem ainda amar-se para sempre, não digo que não, mas não sabem se irão amar-se para sempre… este é o ponto-chave em que toda a humanidade responde, confiando diria, duma forma completamente radical, nos seus corações. Como é que se pode exigir que as pessoas sejam credíveis nas respostas, “Sim, aceito ficar com esta pessoa para sempre”, se nem a própria pergunta que lhes é feita é, na verdade, credível.
E puff… depois admiram-se que continuem a existir divórcios devido à falta de rigor na língua portuguesa…





Com os melhores cumprimentos, Morais.

2 comentários:

Anónimo disse...

E puff!

Cate disse...

LOL

Gosto que culpes a lingua portuguesa pela quantidade de divórcios em Portugal.

«Aceita amar e respeitar esta mulher durante, pelo menos, seis meses de união?», isso sim.